quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Chega de expectativas




Não gosto de expectativas, expectativas são sempre duvidosas. Eu gosto da prontidão, daquilo que se sente e se toca sem desapontar nada e nem ninguém.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Não quero mais escrever cartas


Não quero mais escrever cartas, já estão todas empilhadas no canto esquerdo do meu quarto, especificamente, atrás da porta, lá é um bom lugar, não preciso vê-las a todo instante. Amanhã vou separá-las por datas, eu sei que todas serão cremadas, mas prefiro acreditar que arrumando a bagunça externa, a interna se ajeita automaticamente.
Ontem, enquanto procurava as cartas escritas (pois existem as cartas mentais), encontrei aquela nossa carta, o riso escapou por entre os lábios, você dizia nela que a palavra ........ seria o nosso símbolo, o nosso segredo mais profundo, a senha para qualquer mistério, pois aquela palavra foi a primeira que eu havia dito para você.
Já faz tanto tempo... me enfureci, rasguei cada palavra, cada sonhos, cada poesia, cada promessa, restou apenas retalhos e os sentimento de desilusão; tudo foi picado, até mesmo o meu coração. Os vestígios estão naquela caixa cinza em que veio o urso, o diamante negro e uma carta, esta eu não reli, ignorei, fingi não ter visto. A memória me castigou, lembrou-me das lágrimas emocionadas que caíram quando vi seus presentes.
Joguei também, além das cartas, o brinco rosa que você adorava, eles pesam demais, rasgam minha concentração.
Nada vai voltar para você, ficarão ali jogadas, até eu decidir o destino delas; os bilhetes trocados também, e não quero nada de volta; somente o pedaço de luz que tomastes de mim.
As cartas que escrevi e não tive coragem de mandar, agora vão neste envelope, com o único propósito de que você saiba o quanto te amei, o quanto sofri, o quanto você perdeu. Mando junto o seu presente de natal. Não cabe mais nada aqui, em mim.
Boa noite,
Durma com os anjos!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A ruguinha no canto do olho esquerdo

Enquanto descia a rua ficava pensando naquela conversa do metrô, não exatamente na conversa, talvez um pouco, o que lhe prendia a atenção nela eram aqueles olhos brilhantes, o modo como seu rosto irradiava felicidade através do sorriso, até aquelas ruguinhas lhe pareciam agradáveis. Durante toda a viagem trocaram confidências, risos, um e outro olhar assustados. Chegara o ponto que ela desceria, ele tinha que seguir viagem. Um pouco desconcertado, apreensivo, mas enfim tomou coragem: O que você vai fazer este fim de semana? Nada, e você? Por enquanto nada também, posso vir te ver? Uma pausa, dolorosos segundos. Sim, pode. Me ligue. Tchau. O bonde andou, ela ficou, não tiveram tempo de mandar um beijo ou talvez um simples aceno.
Ele passaria a vida toda andando de bonde só para olhar aquela ruguinha no canto do olho esquerdo que aparecia a cada sorriso.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010





A decisão de confiar ou não em uma pessoa é como decidir se você vai subir numa árvore ou não, porque você poderá ter uma vista maravilhosa do último galho, ou então acabará simplesmente todo coberto de seiva, e por essa razão muitas pessoas preferem ficar o tempo todo sozinhas dentro de casa, onde é mais difícil se machucar com farpas de madeira.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou.
Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010



"A gente se apertou um contra o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito, o corpo de um sendo a metade perdida do outro. Tão simples, tão clássico."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010





Alguma coisa em mim - e pode-se chamar isso de "amadurecimento" ou "encaretamento" ou até mesmo "desilusão" ou "emburrecimento"-simplesmente andou, entendeu? Desisti de achar que o príncipe vai achar o sapatinho(ou sapatão) que perdi nas escadarias. Não sinto mais impulsos amorosos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu sei que não irei gostar apenas do amor, gostarei de alguém que me ame, alguém que me espere, alguém que me compreenda mesmo nos momentos de loucura, de alguém que me ajude, que me guie, que seja meu apoio, minha esperança, meu tudo. Gostarei de alguém que não me traia, que seja fiel, que sonhe comigo, que só pense em mim, que só pense no meu rosto, no meu projeto de delicadeza, no meu espírito, e não só no meu corpo, nem em meus bens. Gostarei de alguém que vai me esperar até o final, de alguém que sofra junto comigo, que ria junto a mim, que enxugue as minhas lágrimas.. que me abrigues quando necessário, que fique feliz com as minhas alegrias e que me dê forças depois de um fracasso. Gostarei de alguém que volte pra conversar comigo depois da briga, depois do desencontro... de alguém que caminhe junto a mim, que seja companheiro, que respeite minhas fantasias, minhas ilusões. Gostarei de alguém que me ame e que não goste apenas do amor, gostarei de alguém que sinta o mesmo por mim.





"Os sonhos são bons por terem existido, independente de terem sido realizados."

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Essência Miguel, essência

- Mas qual é o segredo dela?
- É a essência Miguel, a essência...
Dobraram a esquina, cabeça baixa, nada  mais a falar, 
agora estavam muito ocupados, queriam ela para si, procuravam a tal de essência...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu chego lá

Não é que eu meça a minha alegria, e nem que tenha um conta-gotas para saber a medida exata de me entregar... é talvez seja isto que esta me faltando: um conta-gotas... este seria a solução para o meu maior problema: o amor.

Desde que nasci me falaram de um tal príncipe encantado, que seria o amor da minha vida, aquele por quem eu sentiria borboletas no estômago, calafrios por toda a minha pele, mãos suadas, olhar faiscante, enfim, amor. Já tenho alguns belos meses de vida e já pensei diversas vezes ter encontrado este homem especial, na realidade eles realmente foram especiais, por pouco tempo, mas foram. O problema é que neste curto espaço de felicidade que me proporcionaram, exageraram na medida de me fazer sofrer; era assim, eu me doava ao máximo, e não recebia muita coisa boa por recompensa. Resultado: tenho medo de amar, já sofri tanto e tanto, que estou na defensiva. Mamãe vive a me cobrar o genro, o meu príncipe encantado, mas eu já cansei de dizer a ela que príncipes existem, mas encantados não.
Não é que você não seja bom o suficiente para merecer meu amor, é que eu ” tenho medo, de tentar e sofrer outra vez”.
Um dia eu chego lá, não vou encontrar meu príncipe, ele é quem vai me encontrar, vai gostar de mim; aceitar meus defeitos; irá achar lindo este meu sorriso fácil e bobo; amar meu olhar de ursinho manhoso; será apaixonado pelo meu jeito dengoso de falar com ele; serei pra ele o melhor lugar; meus braços o seu porto; meu ábraço um descanso; meus lábios o nosso encontro. Ah, esse dia vai chegar, ele me trará flores, um dia chocolate, talvez um urso de pelúcia; será romântico; carinhoso; cheiroso; e até manhoso. Serei dele e ele será meu. Seremos mais, seremos um, seremos de Deus.


 Te olho nos olhos e você reclama 
que te olho muito profundamente. 

Desculpa, 
tudo o que vivi foi profundamente...
eu te ensinei quem sou...
e você foi me tirando...
os espaços entre os abraços, 
guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre, 
não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir pra te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
de me inventar de novo. 

Desculpa... se te olho profundamente, 
rente à pele...
a ponto de ver seus ancestrais...
os seus traços.

A ponto de ver a estrada...
muito antes dos seus passos. 

Eu não vou separar as minhas vitórias
dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim;

Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
te olhando profundamente.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010


“A paixão testa, o amor prova. A paixão acelera, o amor retarda. A paixão repete o corpo, o amor cria o corpo. A paixão incrimina, o amor perdoa. A paixão convence, o amor dissuade. A paixão é desejo da vaidade, o amor é a vaidade do desejo. A paixão não pensa, o amor pesa. A paixão vasculha o que o amor descobre. A paixão não aceita testemunhas, o amor é testemunha. A paixão facilita o encontro, o amor dificulta. A paixão não se prepara, o amor demora para falar. A paixão começa rápido, o amor não termina.

Hoje eu acordei com sede de menos: menos tristeza, menos dor, menos passos, menos desafetos, menos decepção, menos tristeza... menos distância.
Acordei querendo você perto, me querendo em seus braços, ter você ao meu lado sussurrando palavrinhas tolas, e carícias a me acalentar. 
Não sei até quando vou te esperar, mas quando você chegar não pergunte nada... apenas me abrace, me aperte, me olhe profundamente, me agarre em seus braços e me tome para si. 
PS: Ansiosa para te conhecer...

domingo, 22 de agosto de 2010

Uma mulher das cavernas no século XXI

Voltando pra casa, depois de uma manhã na pós de minhas irmãs, assunto: Libras, me senti uma completa estrangeira, aquelas pessoas todas gesticulando, conversando, no começo achei tudo uma graça. Parecia que eu havia voltado na época em que não se havia a fala, tudo era gesticulado e os sons eram grunhidos estranhos, eu era uma cientista, e eles, minhas cobaias. Enquanto os ponteiros do relógio giravam, minha cabeça valsava naquela pequena sala. Enquanto muitos em casa cuidavam de suas vidas, apenas de suas vidas, sem se importar com o próximo, cerca de 30 pessoas em um cômodo estudavam libras, tentavam aprender esta língua pouco valorizada. Alguém perguntou pra quê estudar libras, eu imediatamente pensei: Para poder falar com os alunos surdos. Ah esta era fácil, mas não era, outra pessoas logo respondeu que não era apenas para se comunicar com os alunos, mas com todas as pessoas; ela havia lido meus pensamentos. O professor daquela aula era surdo, enquanto muitos conversavam ao seu redor, ele nada ouvia, mas estava lá atento a tudo o que acontecia, seus olhos cuidavam de cada movimento, e brilhavam ao ver os acertos de seus alunos, e irradiavam tamanha alegria por perceber que ali ele não era um estranho, ali não existia aquela palavra amarga: preconceito. A graça para mim acabou, eu não era mais o cientista e os outros os homens das cavernas, os papéis haviam se invertido, eu era uma ogra, como em pleno século XXI não saber libras, mesmo tendo casos em minha família de surdez? Como até então eu só pensava em meu pequeno umbigo e esquecia do próximo, tão próximo que chegava doer. Não, não, não dá para aceitar que raríssimas vezes eu tenha cogitado fazer um curso de Libras, planos tão futuros e problemas tão presente! Eu vou fazer a minha parte, vou me incluir, não incluir a eles, excluídos somos  nós. Somos individualistas e egocêntricos. 

terça-feira, 17 de agosto de 2010















Querido cérebro: Desculpe por sobrecarregar você pensando tanto nele.
Caro estômago: Desculpe por todas as borboletas.
Querido travesseiro: Desculpe por todas as lágrimas.
Querido coração: Desculpe por todo os danos.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Wolwerine & Lindsay

 Não precisa me perguntar sobre os meus não-amores. Sobre o que vivi no passado e não foi verdade. Pois o que sinto por você é inédito. É filme novo em meu cinema. Com direito a pipoca e mãos dadas. E um diretor louco chamado destino, que prometeu cenas ótimas para nós dois. Porque é comédia romântica o que vivemos, amor...


O mundo é um moinho

Divagando por entre as tardes frias, lembrei de um pequeno trecho desta maravilhosa música, achei por bem  compartilha-lá aqui:



Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

domingo, 25 de julho de 2010

You don't think that life's for us to talk about.



Depois de alguns anos de muito pensar, refletir, questionar, lutar, mas pouco fazer, comecei a refletir um pouco mais sobre o que é esse grande parque de diversões chamado vida.
Não acho melhor definição para vida do que "parque de diversões", sempre queremos ir naquele brinquedo que não temos idade ou altura, agonizamos de medo e prazer quando tomamos coragem de enfrentar nossos medos e descer aquela montanha russa horripilante, e tiramos de nós mesmos o mais belo sorriso brincando de pescar ou atirar no alvo certo e ganhar um belo brinde, tudo bem que às vezes não ganhamos o melhor presente, mas o pouco já nos faz imensamente felizes.
Ficamos tanto tempo questionando a vida e procurando explicações, que esquecemos de fazer algo para mudar, pra encontrar um sentido pra viver, pra sorrir. Se apenas falar resolvesse todos os meus problemas, eu seria a mulher mais feliz deste mundo, porque eu falo, e como falo sobre minhas angústias, medos e frustrações, mas não resolvo muita coisa. O que realmente importa ganha valor e sentido quando corremos atrás deles e alcançamos.
Depois que parei de apenas falar sobre o que me incomodava na vida e passei a agir sobre aquilo, muita coisa esta mudando, não só por fora, no mundo em si, nos pequenos detalhes, mas principalmente aqui dentro, dentro de mim; isso me faz tão realizada.
Você pode falar muito e fazer mais ainda, não tem porque buscar o brilho lá fora, sendo que o que realmente ilumina e encanta acontece no coração de cada um. Então não pense que a vida é para conversarmos sobre ela, mas sim para agirmos sobre ela.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

     

    Se você for
    EMBORA,
 
   eu grito:
Bato nas paredes, 

chuto as cadeiras,
      BRIGO.
 
E pode me chamar
  de CRIANÇA,
  
   não ligo.
Desde que nasci
  me chamam

    ASSIM...

                   [Marcelo Miguel]

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A pequena bela

E ela estava ali, rodando na frente de seus olhos, o coração dele batia incessávelmente, era uma sensação diferente daquela que sentia antes por ela. Era engraçado como durante toda a noite seus olhos não conseguiam desviar o olhar daquela pequena grande mulher, e por mais que ele disfarçasse e lutasse para olhar em outra direção, não dava,era inútil lutar contra aquilo que via e sentia.
Antes era só ,mais uma entre a multidão, agora o pensamento era embalado por cada nota, cada gesto, cada palavra, cada olhar, tudo cintilava prazer e emoção. E como em um conto de fadas, ela sumiu diante de seus olhos, ele procurava com o olhar, cada lugar, cada canto, por mais improvável que fosse aquela bela dama. Será que ele a havia perdido? Como pudera deixar escapar por ente seus dedos?
A noite perdera a graça, queria ir embora, fugir daquele lugar que ainda tinha no ar o doce perfume de sua pequena. Caminhava em direção a seu carro, o olhar perdido, o coração angustiado, sua única companhia era a incerteza, e como que num raio de esperança, o telefone tocou, era ela? Não, não sabia,apenas um toque, um número desconhecido, uma esperança dilacerada. Retornou a ligação para saber quem era, na esperança de ouvir aquela doce voz; era ela, sim sua pequena já não estava tão distante de seus braços, o calor de sua voz vinha pelas ondas sonoras, aquele aparelho frio ganhara vida. Agora ele sabia o que fazer, precisava conquistá-la, era uma questão de tempo e sua felicidade iria se concretizar. "Boa noite meu anjo, durma com Deus!" Aquelas palavras não só encerraram uma ligação, mas também acalentaram uma noite fria de Julho.

sábado, 29 de maio de 2010

"Eu te adoro" é o genérico do "Eu te amo". Se não tens certeza do preço do original, use o genérico.
Marcelo Soriano

sábado, 22 de maio de 2010

Cadê o equilíbrio?


Sabe quando parece que tudo esta indo bem? 
Família, amizades, amores, saúde, auto-estima (que andava baixa), vida social e tudo o que me cerca.
De repente muda tudo, passa um vendaval e a vida começa a desandar novamente ¬¬
É inacreditável, e parece rotina. Mas eu ainda tenho a esperança em DEUS e sei que logo logo tudo irá retomar o seu devido caminho nos trilhos da vida.



"Aos caminhos, eu entrego o nosso encontro."

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Turbilhão de Sensações



Turbilhão de sensações

Em meio a sonhos, pensamentos, dúvidas, incerteza, amores e dores...
no turbilhão de sensações que me ocorrem diariamente, senti a necessidade
de compartilhar minhas emoções, desejos e fazer confissões...
Compartilhar alegrias, dividir tristezar, apenas desabafar e fazer rabiscos a esmo.
É claro sem esquecer de cmpartilhar boa literatura, pensamentos, mensagens e músicas,
para embalar e anesteziar ou amplificar as emoções.
Talvez por isso este seja o nome escolhido para o blog: Turbilhão de sensações.
Porque é assim que me encontro, em um turbilhão, em um furacão de sensações.