segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Não...não!

Para ler ao som de Não me compares

O som da sua voz parecia distante, o número que nunca mais havia ligado acordou-me com tanta intensidade que até agora estou tentando acalmar meu coração. Enquanto olho para o celular procuro encaixar cada palavra que foi dita de uma maneira tão feroz e intensa que saíram entrecortadas, despejadas como cachoeira atingindo diretamente meu coração.
Depois de tanto tempo entender seus olhos e as lágrimas de ódio e tristeza que se fundiam numa melodia triste ao tocar minha pele... Não, eu nunca senti por ninguém o que sentia por você, nunca mais deixei um sentimento ser corrosivo. Sim, ainda me pego relembrando nossas memórias.
A chuva de hoje limpou o ar e os caminhos que tomamos, agora entendo suas razões e minhas perdições.

 Sempre pedi que não me procurasse, que nossos caminhos não voltassem a se encontrar, porque eu sabia que nessa hora meu coração se perderia e a confusão da sua vida viajante atrairia meus passos. Não diga que sente falta do meu toque, que ninguém sabe demonstrar amor como eu, não mencione nossas noites de brigas e pazes intensas, não retorne para minha vida se não for para ficar. Sou culpada por ter sentido sua falta e desejado seus lábios, seus abraços, seus laços, suas ligações inesperadas e principalmente por ser tão frágil a ponto de ter uma vida abalada por sua espera.
NÃO,  não deseje me abraçar, não diga que me ama, não volte... Quem não soube permanecer não tem o direito de voltar. Não...não!

Com toda força e amor,
Luisa

PS: Palavras ainda confusas por seu confuso retorno.