quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Eu tinha motivos reais, palpáveis e óbvios para te amar


“Você me olhou como uma criança que é pega fazendo arte e eu te amei loucamente. (…) Eu tinha motivos reais, palpáveis e óbvios para te amar. Você é bonito, seu abraço é quente, seu sorriso tem mil quilômetros iluminados, seu humor me faria rir cem encarnações e você é bom em tudo, mesmo não querendo ser bom em nada. (…) Amava seus erros assim como amava os acertos, porque o que eu amava, enfim, era você...."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Apaixonatus

Não gosto de sofrer, de dores, lamentações e hematomas. Então, fui ao médico:
_ Médico, eu exijo um remédio, poção mágica, tratamento a base de ervas, sei lá o que, mas eu preciso urgentemente ser curada. 
_ Calma moça, não se desespere, limpe as lágrimas, tome um gole d'água e me conte tudo. 
_ Tá, eu não preciso de água, a não ser água benta, é talvez uma água com açúcar faça bem. Mas já que é pra adoçar e me acalmar, chocolate funciona melhor. Você tem ai? De preferência meio amargo.
_ Hum??? (ele me olha intrigado. Pensa profundamente. Suspira.) Infelizmente não tenho, quem sabe se você me contar o que está acontecendo eu possa lhe medicar.
_ Você quer saber os sintomas ou só bater papo. Se for pra conversar eu vou até a psicóloga ou ao padre, este me redime, mas o que sinto não é pecado, talvez seja punição. A dor é externa e interna. 
_ Você poderia ser mais especifica, detalhada talvez?
_ Médico, você quer saber o que tenho ou fazer uma terapia comigo. Você deve ser ressentido por não ter feito psicologia ou entrado para um seminário. Aposto que é isso. Acertei?
_ Bem... não posso negar que quando eu era mais jovem.... Epa! A paciente é você, vamos falar dos seus problemas e dores. 
_ Desculpa, eu só quis ajudar. 
_ Desculpe-me, fui grosso. 
_ Tudo bem. Quando quiser conversar, é só me chamar. Só não podemos falar de amor, este assunto me incomoda, dói, irrita....
_ Já sei. Seu problema é amoroso e...
_ Você é médico e nas horas vagas brinca de cigano? Contenha-se e mantenha o foco na consulta.
_ Mas...
_ Mas nada, foco.
_ OK.
_ Então... não sinto vontade de levantar da cama, tenho dores, ouço músicas que surgem do além, tenho dificuldade em concentração, fico abobada e impulsos me dominam. O caso é sério. Não posso mais suportar.  
_ Queira me desculpar, porém seu problema não pode ser tratado pela medicina, religião ou terapia. Você sofre de uma doença chamada Apaixonatus.
_ Nunca ouvi falar. 
_ É uma espécie de catapora, todos um dia passam por isso e sempre deixa sequelas. Todos podem se curar, uns mais rapidamente, outros demoram um pouco mais. 
_ Já entendi. Tem algum tratamento? 
_ Tem sim, é uma espécie de simpatia. Diga ao homem em quem você mais pensa e sente coisas boas, que te faça sorrir e... 
_ Não gosto de ninguém. 
_ Tem sempre alguém. Pense bem, é para o bem da sua saúde. Diga a este ser que você gosta dele, por mais que não goste, e espere a reação, se ele disser que gosta de você também, fique com ele, caso não corresponda, saia e diga que quem perde é ele. 
_ Qual a relação disso com minha doença?
_  Apaixonatus só pode ser curada com um outro amor. 
_ Tá, não acredito, mas to topando tudo pra me curar logo. Volto aqui outro dia pra uma nova consulta. 
_ Tchau. Não esqueça de se declarar. 
_ Na próxima consulta quero ver seu diploma de médico.




_ Médicos, nunca sabem o que temos de verdade. 
_ Mulheres, nunca admitem que estão subordinadas ao amor.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Shhh...

Shhh... 
Pra você ouvir é necessário muito silêncio e atenção. 
Meu amor não é cantado, gosto de sussurrá-lo ao vento. Deixo 
que ele se encarregue de te entregar cada nota de amor e  carinho que está chegando até você em 3... 2... Shhh...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sonhei um sonho

Sonhei um sonho
e lembrei-me do sonho
e esqueci-me do sonho
e sonhei que procurava
em sonho aquele sonho
e pergunto se a vida
não é um sonho que procurava um sonho.