segunda-feira, 7 de junho de 2010

A pequena bela

E ela estava ali, rodando na frente de seus olhos, o coração dele batia incessávelmente, era uma sensação diferente daquela que sentia antes por ela. Era engraçado como durante toda a noite seus olhos não conseguiam desviar o olhar daquela pequena grande mulher, e por mais que ele disfarçasse e lutasse para olhar em outra direção, não dava,era inútil lutar contra aquilo que via e sentia.
Antes era só ,mais uma entre a multidão, agora o pensamento era embalado por cada nota, cada gesto, cada palavra, cada olhar, tudo cintilava prazer e emoção. E como em um conto de fadas, ela sumiu diante de seus olhos, ele procurava com o olhar, cada lugar, cada canto, por mais improvável que fosse aquela bela dama. Será que ele a havia perdido? Como pudera deixar escapar por ente seus dedos?
A noite perdera a graça, queria ir embora, fugir daquele lugar que ainda tinha no ar o doce perfume de sua pequena. Caminhava em direção a seu carro, o olhar perdido, o coração angustiado, sua única companhia era a incerteza, e como que num raio de esperança, o telefone tocou, era ela? Não, não sabia,apenas um toque, um número desconhecido, uma esperança dilacerada. Retornou a ligação para saber quem era, na esperança de ouvir aquela doce voz; era ela, sim sua pequena já não estava tão distante de seus braços, o calor de sua voz vinha pelas ondas sonoras, aquele aparelho frio ganhara vida. Agora ele sabia o que fazer, precisava conquistá-la, era uma questão de tempo e sua felicidade iria se concretizar. "Boa noite meu anjo, durma com Deus!" Aquelas palavras não só encerraram uma ligação, mas também acalentaram uma noite fria de Julho.

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