quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Hoje é dia de saudades

Hoje sinto saudades, não uma saudade de um tempo bom, de uma cidade interessante, de um perfume que traz boas lembranças. Hoje sinto saudades que possuem nomes específicos, sorrisos especiais, vozes que tento enlouquecidamente ouvir, carinhos tão sutis que enquanto olho para o céu espero sentir. Talvez suas mãos venham acariciar e fazer cafuné em mim, dos abraços ainda sinto cada toque e a intensidade deles em seus mais diversos momentos. Sinto falta de uma ligação, um grito, mensagem, de alguém vindo pedir café, de alguém que realmente segure minhas mãos e me tranquilize, faça com que me sinta segura novamente. Não há um buraco, um vazio, uma incompreensão, há apenas desejos e memórias que insistem em me acompanhar. Queria não ver vocês em cada pessoa, queria não esperar o afago que nunca mais virá, queria não tentar ligar ou escrever mensagens e depois apagar, pois não há mais destinatário, provavelmente nem remetente. Eu queria um nós mais uma vez, sem lugar específico, apenas reencontrar, deitar e conversar por horas enquanto os dias caminham  e vocês permanecem no meu abraço pra ter a certeza que um "até breve" não irá nos separar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Não...não!

Para ler ao som de Não me compares

O som da sua voz parecia distante, o número que nunca mais havia ligado acordou-me com tanta intensidade que até agora estou tentando acalmar meu coração. Enquanto olho para o celular procuro encaixar cada palavra que foi dita de uma maneira tão feroz e intensa que saíram entrecortadas, despejadas como cachoeira atingindo diretamente meu coração.
Depois de tanto tempo entender seus olhos e as lágrimas de ódio e tristeza que se fundiam numa melodia triste ao tocar minha pele... Não, eu nunca senti por ninguém o que sentia por você, nunca mais deixei um sentimento ser corrosivo. Sim, ainda me pego relembrando nossas memórias.
A chuva de hoje limpou o ar e os caminhos que tomamos, agora entendo suas razões e minhas perdições.

 Sempre pedi que não me procurasse, que nossos caminhos não voltassem a se encontrar, porque eu sabia que nessa hora meu coração se perderia e a confusão da sua vida viajante atrairia meus passos. Não diga que sente falta do meu toque, que ninguém sabe demonstrar amor como eu, não mencione nossas noites de brigas e pazes intensas, não retorne para minha vida se não for para ficar. Sou culpada por ter sentido sua falta e desejado seus lábios, seus abraços, seus laços, suas ligações inesperadas e principalmente por ser tão frágil a ponto de ter uma vida abalada por sua espera.
NÃO,  não deseje me abraçar, não diga que me ama, não volte... Quem não soube permanecer não tem o direito de voltar. Não...não!

Com toda força e amor,
Luisa

PS: Palavras ainda confusas por seu confuso retorno.