terça-feira, 24 de janeiro de 2012

When it falls down



Hoje acordei com aquele sentimento esquisito, um misto de vontade, saudade e repulsa. Eu queria tanto ter você por perto, ouvir sua voz, sentir seu cheiro, sua pele... Eu podia sentir sua presença, sabia que não era tarde para dizer que é especial. 
Enquanto a louça sumia aos poucos da minha frente, eu via o seu reflexo nos copos e as lágrimas corriam apagando sua imagem. Não é tarde, eu sei que não é tarde e o único jeito de te encontrar é você permitindo, saindo de sua posição contra a parede, brincado de esconde-esconde. 
Sentada embaixo da árvore, o tempo voa com o vento que me afasta de você. Já assisti a esse filme, projetei tudo em minha mente e depois quebrei todos os arquivos guardados, mas minhas lembranças teimam em retornar.  
Diga-me que o seu sentimento é forte o bastante para traze-lo de volta pra mim! O único desejo que quis fazer foi este. Porém a louça era tão frágil quanto eu neste momento, você foi bom, bonito, especial, mas caiu das minhas mãos e agora me encontro no chão tentando reconstruir os pedaços e eu sinto que faltam pedaços. Talvez se perderam ao cair no chão. 
 Como o barulho da sua voz me perturbou, suas desculpas, mentiras, a muralha contra mim, contra seus sentimentos e desesperos. Depois de muito tempo tentando reconstituir e preservar seus pedaços eu percebi que nada daquilo fazia sentido, que nada tinha mais tanto valor, nada de você, nada de nós, somente eu e como me faz bem me desfazer desses cacos e cuidar somente de mim. Já é tarde, tenho que sair e trocar a música, pois, enfim,  pássaros cantam na minha janela trazendo novos sons e levando consigo os demônios que tanto me perturbavam.