Luiza descia alegre pela rua, leve como seu vestido branco, radiante como seu sorriso e iluminadando felicidade pelos gestos, de repente algo a fez mudar de expressão, continuava alegre interiormente, mas o coração previa a chegada de um rapaz. Ela estava apressada, pois ainda tinha muito para fazer, então começou a resolver tudo o que estava pendente e que poderia ser resolvido naquela rua. Passou pelo banco, lojas, lojas, conversou com um conhecido que há muito não via e procurou inutilmente entre as pessoas a sua maior pendência naquela rua, não viu.
Sua expressão se fechou, indícios de nervosismo começaram a aparecer, toques, necessidade louca de ouvir uma música, desejo por chocolate, busca por um lugar tranquilo, nada resolvia, nada era possível, nada acontecia.

Há algum tempo ela já sabia que tudo havia acabado, mas há sempre o medo de rever e desejar reviver, porém desta vez e para sempre aquele tormento teve um fim, sem dores, sem emoções, sem carências, necessidades afetivas, corporais. Sem nada, sem mim, sem ele, sem nós, sem nós, sem nós. Nunca estas palavras foram tão insignificantes: SEM NÓS!
Sem nada, sem mim, sem ele, sem nós, sem nós, sem nós. Nunca estas palavras foram tão insignificantes: SEM NÓS!
ResponderExcluirNADA NOS PRENDE... @@