O moço era
bonito, tinha cheirinho de hortelã quando falava e a cada palavra empolgada
parecia que suas mãos sairiam voando por aí a indagar, cutucar, beliscar e
abraçar. Assistir o espetáculo de sua existência tornara-se o passatempo
predileto da menina, que se empolgava junto a aquela figura singular, sem
palavras, ruídos ou cantarolamentos, apenas o silêncio de um olhar enamorado,
que fazia com que os sons se diluíssem no ar e somente a imagem ficasse presa
em seu olhar. Se era amor ela ainda não sabia e nem queria que o fosse,
gostaria apenas de desfrutar cada momento ao seu lado, rir daquele riso, dançar
naquele abraço e beijar os lábios de hortelã. E a cada dia a rotina se repetia,
olhava o celular, esperava uma mensagem, um "oi", um "quero te
ver", ou simplesmente uma carinha lhe sorrindo, piscando, ou até mesmo um
pequeno trecho de música, qualquer coisa que terminasse ou começasse com
"Minha menina".
Dia após
dia, paqueras trocadas, brincadeiras e confidências, pequenos gestos que lhe
faziam sorrir, porque a paquera era fase mais gostosa para a menina e ainda que
tudo resultasse em nada ela estava feliz, porque era naquele sorriso que
residia seu olhar e daquele olhar de homem-menino transbordava esperança e
vontade de voltar a amar.
eita...ler qualquer coisa sua é como escutar "Dançando"...viciante...rs...ainda bem que voltou...
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